Brincando com as sobrinhas

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 Os verões sempre deixam ótimas lembranças, principalmente quando você é jovem, tem poucas responsabilidades e vivencia tudo com muito mais intensidade. O que aconteceu comigo e com minhas irmãs durante o final das férias daquele ano não esqueceríamos facilmente. Na verdade, nós três temos isso gravado na cabeça, por tudo que ganhamos, mas também por tudo que perdemos.

Quando você cresce você se arrepende, mas quando crianças todos nós sonhávamos em crescer e na liberdade que isso deveria nos dar. Queria especialmente quando chegasse o verão e não me deixassem entrar na boate da cidade onde passávamos grande parte das férias. Passei por momentos difíceis, especialmente quando minha irmã mais velha, Gala, atingiu a maioridade e conseguiu fazer isso.

Fiz dezoito anos no final de agosto, então aquele verão não me daria muito tempo para curtir a discoteca, mas pelo menos teria o resto da vida para desfrutar de todos os privilégios de ser adulto. Assim como a Gala fez comigo, eu irritei a Priscila, a pequena, porque ainda faltavam dois anos para ela.

Embora não precisasse ser adulta para se divertir, ela sempre foi a mais esperta das três, mas isso é outro assunto. Depois de um curso difícil, aquele antes da universidade, eu estava pronto para um novo verão na cidade e para saborear, mesmo que brevemente, as alegrias da maioridade. Nada seria como eu imaginava.

– Atena, você já está com a mala pronta?

– Sim, mãe.

– Este ano estaremos na cidade uma semana a menos.

– Porque?

– Porque no final de agosto seu pai e eu vamos viajar.

– Achei que você estava dizendo isso como uma piada.

– Você não vê.

– Mas meu aniversário é dia vinte e oito.

– Obrigado por me lembrar, mas eu dei à luz você.

– Quero dizer que se sairmos antes não poderei ir ao clube.

– Nossa, que pena.

– Eu vou ficar, você vai me buscar.

– Nada disso, vocês três vão ficar em casa como boas meninas.

– É injusto!

– Sim, filha, gosto da vida em geral.

Eu não contava com esse revés, mas não podia deixar que isso estragasse meu verão. Havia muito mais coisas para fazer naquela cidade, como encontrar todos os namorados de todo verão. Isso sempre foi um incentivo, ainda mais desde o verão antes de finalmente estrear um deles.

Apesar de tudo, as expectativas ainda eram bastante altas, mas assim que cheguei à cidade percebi que tudo parecia diferente. Gala já havia me avisado, com a idade, o que te emociona quando criança pode ficar aquém. Ela pelo menos teve o incentivo do clube, teríamos que ver como matei tanto tempo livre.

Fiz o que pude para me reconectar com a garota que eu deveria ainda ter dentro de mim, mas a de sempre todo verão já parecia uma grande chatice. Eu não tinha mais nada em comum com meus amigos de lá, os passeios pela cidade só serviam para acabar suando e os meninos me pareciam todos cretinos, como se nenhum deles tivesse amadurecido.

Gala encontrou diversão ajudando nossos avós com os animais, algo que eu não estava disposta a fazer, então só me restava uma opção: irritar Priscila. Não sabíamos exatamente o que ela fazia, mas ela saía logo de manhã e só voltava à noite. Esse foi o momento que aproveitei para mexer com ela.

– Você já está brincando de esconde-esconde com seus amigos?

– Não sou tão preguiçoso quanto você.

– Você se diverte com uma gangue de caipiras.

– Melhor do que ficar em casa o dia todo.

– Não se machuque, baixinho.

– Você é estúpido, até o verão passado você fazia a mesma coisa que eu.

– Mas já sou maior de idade.

– Não, você ainda tem algumas semanas, por isso não está no clube agora.

– Eles também não deixam você entrar.

– Eu não preciso.

– O que você quer dizer?

– Você não precisa estar lá para flertar.

– Espera, agora vai acontecer que a garota está flertando e tudo mais.

– Não se preocupe, não vou chegar ao seu nível.

– O que você está falando?

– Todo mundo aqui sabe o que você se deixa fazer no palheiro.

– Repita de novo e eu faço você engolir aqueles aparelhos que você tem na boca.

– Sempre será melhor do que aquilo que você engoliu.

– Tenho certeza que mamãe se arrepende de não ter abortado você.

– Cresça de uma vez por todas, Atena.

Fiquei louco quando ela agiu como se fosse mais velha que eu, embora eu tivesse que admitir que, para provocá-la, acabei parecendo uma criança. Com Gala eu não tive esses problemas, quando estava com ela sempre procurava agir de forma interessante, pois a admirava e meu objetivo desde criança era que ela me visse como igual.

Naquele verão, parecia que ele estava prestes a conseguir isso. Pelo menos por causa da idade, minha irmã mais velha começou a conversar comigo sobre assuntos mais profundos, sobre assuntos de sua vida privada que ela nunca havia compartilhado comigo. Isso me encheu de orgulho, então tentei retribuir, mas a coisa mais interessante que tinha para contar a ele era sobre o palheiro.

A relação entre Gala e Prisicila não era muito fluida, elas se ignoravam bastante, então às vezes eu tinha que servir de elo entre as duas. Isso não quer dizer que brigavam ou se davam mal, simplesmente não se davam, no meu ponto de vista, por conta do caráter arrogante da menina. Minha mãe fez todo o possível para que nós três ficássemos unidos.

Seus esforços para nos ajudar às vezes eram recompensados, mas esse não seria o caso naquele verão. Para minha alegria, começaram a surgir pequenas disputas entre Gala e Prisicila, principalmente por causa do que começava a ser dito sobre esta última na cidade. Era para eu ser aquele com má reputação, mas a mais nova das três estava começando a ganhar a sua.

– No final você vai se acertar com a Priscila.

– Já te digo há anos, Gala, ela é cara a cara.

– Pelo que me contam, é a única coisa que importa.

– Foi o que também falaram sobre mim, então não sei se confio.

– Pelo menos eles só te relacionaram com um.

– Para ela com mais?

– Foi o que ouvi.

– Suponho que você também tenha o direito.

– Claro, mas não dê aula depois.

– O que acontece é que a mãe sempre a defende.

– Porque ela é a pequena.

– Não me importo, se eu ficar farto vou acabar dando um tapa nele.

– Calma, Atena, vamos tentar tornar a sua estadia na cidade tranquila.

– Eu queria muito vir e agora mal posso esperar para voltar para casa.

– Acontece que, na verdade, essa semana sozinha em casa promete muito.

Eu estava pensando nisso há dias, depois do fiasco que foram as férias na cidade naquele ano, ficar sozinho por uma semana em nossa casa poderia ser épico se fizéssemos certo. Era para isso que vivíamos, manter Priscila na linha, tarefa que me parecia muito mais fácil, pois sabia que tinha Gala ao meu lado.

Mas para isso acontecer ainda faltavam alguns dias, tempo que ficaria marcado pelas nossas brigas constantes. Gala continuou se divertindo ajudando nossos avós e durante o dia eu fazia o que podia para não morrer de tédio, mas quando chegava a noite, quando Priscila voltava do que quer que estivesse fazendo, nos juntávamos para mexer com ela.

Eu tinha consciência de que aos olhos dos nossos pais aquilo parecia uma briga desigual, visto que éramos dois e ela era apenas uma, além de ser a menor. Mas a sua maneira cruel de se dirigir a nós fez-nos esquecer isso imediatamente. Se soubéssemos das consequências, provavelmente teríamos parado de mexer com ela.

Um dia antes de voltar para casa, enquanto fazia as malas, recuperei a alegria que a cidade me roubou. Eu tinha muitos planos para aquela semana, e a maioria deles incluía fazer festas em casa e ameaçar matar Priscila era necessário para evitar que ela delatasse. Parecia destinado que a felicidade nunca duraria.

– Você já está feliz?

– Foi um verão de merda.

– Porque você não pode entrar na boate, mas ano passado não precisou.

– Eu era criança, me contentava com qualquer coisa.

– Como se você fosse muito mais velho agora.

– Tenho quase dezoito anos, mas talvez você esqueça porque não estará lá.

– Comemoraremos quando seu pai e eu voltarmos.

– Você está pronto se acha que vou esperar por você.

– Você acha que vai organizar uma festa sem nós?

– Você nunca saberá.

– Como não? Seu tio vai me contar.

– Que cara?

– O único que você tem, Atena.

-O que o tio Saúl tem a ver com tudo isso?

– Você achou mesmo que eu ia te deixar sozinho a semana toda?

– Você não pode estar falando sério.

– Você passa o dia brigando, alguém tem que te vigiar.

– Mas nós três já somos adultos.

– Você não demonstra isso com seu comportamento.

-De qualquer forma, o tio Saúl não é o melhor exemplo, se quase não o vemos.

– Bem, ele ficou feliz em oferecer.

– Pelo menos poderíamos ficar no chalé dele.

– Não, vai ser instalado na nossa casa.

Pela primeira vez em muito tempo, nós três concordamos em algo. Todos os planos que tínhamos feito para aquela semana seriam arruinados com a presença do nosso tio. Provavelmente ganhamos desconfiança com nossa atitude, mas se tivessem que nos dar um guarda, certamente haveria mil opções melhores do que ele, incluindo o sem-teto no parque.

O problema com nosso tio é que ele era uma versão adulta e masculina de nós. Por motivos que desconhecia, tinha muito dinheiro, o que lhe permitia viver sem qualquer tipo de preocupação ou responsabilidade. Pelo que ouvi, ele só estava interessado em flertar com o maior número possível de mulheres. Não foi exatamente um bom exemplo.

Chegamos a pensar que talvez pudéssemos aproveitar o jeito dele de ser para conseguir o que queremos, mas o tio Saúl chegou com a lição bem aprendida, não estava disposto a nos passar uma. Nem mesmo Priscila e seu habitual mau caráter conseguiram prevalecer, aquele homem veio com sua lição bem aprendida. Algo tinha que acontecer com Gala e comigo.

– Desde quando você é tão rígido?

– Não sei, mas ele parece uma pessoa diferente.

– Espero que fique chato e possamos aproveitar.

– Nem a Priscila aguenta.

– Talvez possamos fazer algo para ganhá-lo.

– Como o que?

– Acho que ele gosta muito de doces, poderíamos fazer um bolo para ele no seu aniversário.

– Duvido que fique bem em nós.

Minha dúvida era muito mais que razoável, mas tínhamos que tentar alguma coisa. Além disso, era meu aniversário e eu não conseguia ficar sem apagar as velas, mesmo que fosse num bolo nojento. Obviamente excluímos a Priscila do plano e eu e minha irmã mais velha começamos a trabalhar. Eu não poderia pensar em uma maneira mais triste de estrear como adulto.

Usando a internet e alguns livros de receitas que nossa mãe tinha, conseguimos fazer um bolo bem decente. Para nossa surpresa, nem mesmo Priscila conseguiu esconder que gostou. Mas foi o tio Saúl quem acabou lambendo os dedos como se fosse a mais deliciosa iguaria. Parecia que o tínhamos no barco.

É verdade que ganhamos muitos pontos com ele, e o presente que ele me deu foi incrível, exatamente o que eu queria, mas ele ainda não permitiu que fizéssemos nada do que havíamos planejado anteriormente. Em vez disso, ele tinha uma ideia de onde queria parecer legal, embora não víssemos exatamente dessa forma. Pelo menos no começo.

– Pensei em algo que você vai adorar.

– Tem uma festa em casa?

– Relaxe sua fenda, Athenea.

– Bem, uau…

– Faltam quatro dias de convivência e isso não pode continuar assim.

– O que você está falando?

– Às brigas, à insistência para que eu deixe você fazer o que quiser…

– Normal, uau.

– Para você, mas não para mim, por isso inventei um jogo.

– Espere, agora ele vai trazer as Barbies. – Priscila disse.

– Garanto que não tem nada a ver com isso.

– Explique-se de uma vez por todas.

– Como você sabe, se tem uma coisa que me sobra é dinheiro.

– O dinheiro nunca sobra. – Gala respondeu.

– E não sabemos de onde você tirou isso. – Priscila acrescentou.

– Isso não importa, o problema é que não tenho filhos e alguém vai ter que herdar.

– Agora estou começando a ouvir você, querido tio.

– Eu ia distribuir igualmente para vocês, mas podemos deixar mais interessante.

– Com um jogo?

– Exato. Escondi três pistas pela casa e pela urbanização.

– Não me importo com o dinheiro, não vou fazer papel de bobo. – Priscila respondeu.

– Não diga nada antes de saber do quanto está falando.

Saúl nos mostrou a quantidade de dinheiro que tinha no banco e nos explicou a porcentagem que havia planejado para o vencedor, exatamente o que precisávamos para jogar qualquer coisa que ele nos propusesse. Quase simultaneamente, Gala e eu pensamos que, mais do que vencer, o que queríamos era que Priscila não vencesse.

Conscientes de que nossa irmã mais nova era a mais esperta das três, decidimos nos unir para tentar vencer aquele jogo absurdo. Sabíamos apenas que a primeira pista estava dentro da casa, então começamos a procurar desesperadamente. Por outro lado, Priscila fez tudo com calma, conseguindo assim nos tirar do sério.

Passamos uma manhã vasculhando a casa inteira, abrindo portas e vasculhando gavetas, sem encontrar absolutamente nada. O desânimo começava a se instalar quando Gala teve a brilhante ideia de procurar no armário de produtos de limpeza, local até então desconhecido por nós. Lá encontramos uma nota.

“Se você quer uma mina de ouro,

“O melhor é olhar na piscina.”

– Você não complicou muito, não é?

– Parece que não, mas teremos que ir procurar a próxima pista.

– Rasgue o bilhete.

– Não posso, Atena, o tio disse que tínhamos que deixar para quem chegasse depois.

-E como sabemos que Priscila ainda não encontrou?

– Porque ela teria quebrado com certeza.

– Pelo menos esconda-o atrás daquele barco.

A única coisa positiva da nossa casa era que ela tinha uma piscina comunitária, embora não a usássemos tanto quanto quando éramos pequenos. Torcendo para que não houvesse muita gente, colocamos nossos biquínis e descemos tentando não deixar Priscila perceber. Chegando lá, começamos a mergulhar presumindo que a nota estaria na água.

Priscila não demorou quinze minutos para aparecer, ela também havia encontrado a pista. Assim que a vimos, lembramos de outro motivo pelo qual a odiávamos: ela tinha uma figura muito melhor que a nossa. Gala e eu éramos mais altas e magras, sem muitas curvas, mas ela tinha um corpo muito mais exuberante. O biquíni parecia luxuoso nela.

Tentamos deixar de lado o ciúme e focar na tarefa, o que nos levou a perceber que havia um pedaço de papel alinhado na parte mais funda da piscina. Nenhum de nós era grande mergulhador e ainda por cima tínhamos que fazer isso de forma discreta, mas acabamos chegando ao bilhete e lendo o que dizia. Não foi tão explícito quanto o anterior.

“Se você quer realizar seu sonho,

tornar-se uma criança.”

– Eu não entendo esse.

– Tio conseguiu, não deve ser muito difícil.

– Mas como vamos nos tornar uma criança?

– Não sei, Atena, acho que é algo metafórico.

– Imagino que ele não esteja procurando que nos transformemos de verdade.

– O que você faria se fosse criança?

– Encontre a diversão nisso que não tem.

Enquanto continuávamos discutindo sem ter a menor ideia de para onde ir, Priscila encontrou a pista no fundo da piscina e correu para o parque ao lado. Ela estava tão determinada que me assustou, então pedi tréguas e retomamos a busca no dia seguinte, já que estava escurecendo. Sua resposta foi um corte nas mangas.

Talvez fizesse sentido que nos tornarmos crianças nos levasse ao parque, mas talvez fosse mais complexo do que isso. Mesmo assim, nós a seguimos e nos dedicamos a levantar cada pedra e olhar embaixo de todos os balanços, como ela fazia. Dessa vez ele chegou antes de nós e fugiu de novo, sem sequer se preocupar em esconder o bilhete.

“Se o seu desejo é herdar,

“O que eu mais gosto, você terá que me dar.”

– O que o cara mais gosta?

– Aparentemente, criando jogos absurdos.

– Sério, Atena, apostamos que ela fica com a maior parte da herança.

– Ele é quase desconhecido, quase não sabemos nada sobre ele.

– Você gostava de basquete, certo?

– Sim, mas acho que ele não quer que lhe tragamos uma bola ou uma cesta.

– Não, está claro que ele armou isso para ter lucro.

– Pense, Gala, pense.

– Bem, você sabe o que a mãe sempre diz.

– Somos meninas ingratas?

– Quero dizer sobre o tio.

– Desde pequeno ele só pensa em colocar.

– É claro que é disso que ele mais gosta.

– Duvido que ele espere que o convidemos para uma prostituição.

– E você não acha isso…?

– Que?

– Nada, deixe.

– Diga o que você pensou.

– Você não notou esses dias que ele estava nos olhando de forma estranha?

– Bem, não, sério.

– Ele é um tarado, talvez esteja apaixonado por nós.

– O que você está dizendo, maluco?

– Também acho que não, mas temos muita coisa em jogo, deveríamos experimentar.

Resolvemos provocá-lo um pouco para ver como ele reagiria. Ambos concordamos que era uma ideia absurda, mas, por falta de uma ideia melhor, não tínhamos nada a perder em tentar. Tio Saúl era um homem bonito, ainda estava em muito bom estado, então não seria traumático dar-lhe alguns beijos no pescoço para ver como reagiria.

Quando chegamos em casa vimos que Priscila estava na cozinha, provavelmente preparando o jantar. Isso nos fez pensar em duas possibilidades: ou ela não tinha ideia do que o bilhete se referia, ou ela havia chegado à mesma conclusão que nós e não estava disposta a passar por isso. Como se não bastasse, o cara já estava na cama, algo muito estranho, considerando que ainda não eram dez da noite.

– Qual é o plano?

– Entramos assim, de biquíni e deitamos ao lado dele.

– E então?

– Se ele não reagir mal, damos alguns beijos nele e acariciamos um pouco.

– Até onde estamos dispostos a ir?

– Eu poderia tirar a parte de cima do biquíni, e você?

– Eu também, até o de baixo, se vejo que estamos no caminho certo.

– Se tivermos que tocar um pouco nele, nós fazemos.

– Isso vai pesar na nossa consciência por toda a vida, Gala.

– Bom, imagine se a Priscila herdasse a maior parte do dinheiro dele.

Prontos para pegar o saque, entramos no quarto sem avisar e encontramos nosso tio deitado na cama. Pela reação dele e pela protuberância sob as calças, era óbvio que o havíamos flagrado se tocando. Isso poderia ser um sinal de que ele estava esperando por nós exatamente como pensávamos. Gala e eu deitamos ao lado dele.

Embora fosse provável que ele estivesse escondendo isso, ficamos surpresos com sua reação, ele parecia estranho. Ainda assim, nós dois colocamos uma perna nele, a minha roçando seu pacote, e eu coloquei a mão em seu rosto e Gala em seu peito. Estávamos fazendo isso por dinheiro, mas a situação era mórbida o suficiente para nos excitar.

– O que você está fazendo?

– Dê a você o que você mais gosta. – Gala respondeu.

– Mas isso…

– Não precisa se esconder, apenas aproveite.

Convencida de que havíamos acertado em cheio, não pensei duas vezes e tirei a parte de cima do biquíni. Meu irmão mais velho não hesitou nem me limitou e pegou a mão do nosso tio para colocá-la em seus seios. Fiz o mesmo com o outro. Saúl parecia chateado, mas não fez nada para evitar o que estava acontecendo.

Gala e eu deveríamos dividir o prêmio, mas houve uma pequena competição entre nós dois para ganhar o favor do nosso tio. Tudo o que um fazia o outro tentava imitar, indo ainda mais longe. Saúl continuou fazendo vagas tentativas de protesto, embora as tenha abandonado completamente quando enfiei a mão por baixo de suas calças e agarrei seu pau muito duro.

Vendo que eu estava com ele nas mãos e começando a bombear, Gala me alcançou apressadamente e se abaixou para colocar o pau do nosso tio na boca, iniciando um boquete que tive que igualar, porque ir mais longe seria ultrapassar todos os limites . Enquanto ela chupava ansiosamente para satisfazê-lo, eu arranquei dela e comecei a fazer o mesmo.

Não tivemos escolha a não ser nos unir novamente. Entre nós dois nos revezamos pegando seu pau, ela chupou por alguns segundos e depois passou para mim para que eu pudesse passar a língua nele. Ele só conseguia pensar no dinheiro, em como seriam os verões quando herdasse aquela fortuna. Ela estava convencida de que poderia até receber um adiantamento se conseguisse satisfazer Saul.

Gala provavelmente pensava o mesmo, porque ela estava fazendo tudo o que podia para fazê-lo gozar o mais rápido possível. Sabíamos que um homem com a experiência dele teria muita resistência, que não chegaria ao orgasmo facilmente, por mais que tomasse a liberdade de passar as mãos por todo o nosso corpo.

Meu tio passou de resistir a ter um dedo acariciando minha buceta por baixo do biquíni, prestes a entrar em mim. Pelo rosto da minha irmã eu sabia que ele estava fazendo a mesma coisa com ela, da mesma forma que percebi que ele fazia isso com nós duas ao mesmo tempo. Naquele momento eu já estava muito molhado.

É difícil saber quanto tempo ele nos manteve amamentando, talvez entre quinze e vinte minutos, mas chegou uma hora que ele não aguentou mais. Os dois dedos que eu já havia inserido na minha fenda moveram-se a toda velocidade quando Saúl atingiu o orgasmo. Gala e eu também sentimos o prazer no momento em que nossos rostos ficaram manchados com o sêmen do nosso tio.

Nesse exato momento a porta do quarto se abriu e Priscila apareceu com um bolo parecido com o que havíamos feito no dia anterior. Eu tinha acabado de ganhar o jogo, mas Gala e eu não desistiríamos tão facilmente.

Continua…


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