História no puteiro

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O prostíbulo administrado pela dona Zoraide não era um exemplo de serviço de qualidade. O local possuía mais ratos do que putas. Só em se aproximar da porta do recinto o cliente já ficava com a impressão de que acabara de contrair uma doença venérea.

Porém, havia um boato pelo bairro. Rumores falavam sobre um determinado quarto dentro do puteiro. O que acontecia nesse quarto era tão, mas tão excitante, que os clientes não saiam mais de lá após experimentar. Márcio, movido pela curiosidade, juntou a grana que ganhou no final do mês e decidiu visitar o tão prestigioso reduto.

Márcio entrou no recinto e, poucos segundos lá dentro, já o convenceram de que foi um erro atravessar a porta da entrada.

Ele deu dois passos lá dentro e sentiu que umas quatro baratas foram esmagadas sob os seus pés. O ambiente fedia, a música era cortesia de um gaiteiro embriagado e a puta mais nova tinha a idade para ser a sua avó. Mas Márcio tinha um objetivo. Ele não sairia dali sem cumpri-lo.

E assim ele cutucou o ombro de uma puta que estava por ali, chupando a rola de um cliente.

  • Senhora, eu quero falar com a dona Zoraide.

A puta apontou para o rapaz olhos de quem diz “não vê que eu estou trabalhando, caralho?”. Em seguida, antes de novamente meter a boca no pau do cliente, afirmou que a patroa estava atrás do balcão vendendo bebidas.

Márcio foi até lá e encontrou a tal dona Zoraide. Ela era uma senhora de cabelos grisalhos e longos. Os seios eram enormes, o quadril bem largo e o rosto envelhecido e mal humorado. Márcio desconfiava que aquela mulher, ao longo dos anos, sofreu mais do que a Sarah Paulson nos episódios da American Horror Story.

  • Senhora, eu fiquei sabendo que aqui na sua casa tem uma…
  • Cama mágica. É verdade, tem uma cama sim, rapaz. Ela realiza as fantasias de quem deita nela. É verdade sim.

Com um misto de curiosidade e tesão, Márcio quis saber mais sobre a tal cama. A dona Zoraide, com a postura de uma professora que já explicou a lição centenas de vezes, falou que basta o sujeito deitar no referido móvel, fechar os olhos e imaginar que ao lado está a pessoa (ou as pessoas) que ele quer foder. É bem fácil, em questão de segundos o cidadão vai ver o objeto de desejo perto dele, disposto a fazer tudo, desde boquete a levar tapa na cara.

  • Você pode imaginar quem quiser, pode ser a sua professora falecida ou uma atriz famosa. Não importa, a cama vai saciar a sua vontade. – A dona Zoraide concluiu.
  • Eu quero me deitar nessa cama, agora. Eu pago a quantia que for. A senhora aceita cartão, tem maquininha?
    Dona Zoraide riu.
  • Rapazinho, o preço para deitar na cama é entregar a coisa mais importante que você tem na vida.
    Márcio considerava o Playstation 2 o seu mais valioso, mas ciente de que compraria outro, aceitou numa boa.

Dona Zoraide conduziu o excitado jovem por um corredor. No final do corredor Márcio encontrou uma porta. Ele a abriu e se deparou com um pequeno quarto. No recinto, sem janelas e fedendo a mofo, havia apenas uma cama de casal comum.

  • Aproveita ela, guri. – A dona Zoraide disse antes de fechar a porta do recinto e deixar o cliente ali sozinho.
    Márcio pulou sobre o colchão confortável, repousou a cabeça sobre um dos travesseiros, fechou os olhos e pensou em quem há meses ele tinha vontade de foder: Janete, a moça da faxina.

Janete era a loirinha que realizava a limpeza na loja em que Márcio trabalhava. O rapaz pensou nela deitada ao seu lado, com a bunda arrebitada para cima e o cu piscando, implorando por uma piroca dura.

Quando Márcio abriu os olhos, ele viu Janete bem como ele a imaginou, peladinha e sorridente.

Márcio tirou a roupa e enroscou o seu corpo nu no corpo da moça. Enquanto passava as mãos pela bunda bem torneada da parceira, ele esfregava o rosto nos seios.

Márcio lambia e cheirava o pescoço da guria, sentindo o gosto e o cheiro da fêmea. Ela delirava de tanta excitação.

  • Chupa o meu pau, chupa ele. – O rapaz mandou. Em poucos instantes os lábios da Janete envolveram a chibata do moço.
  • Agora vou esfregar a minha jeba nas tuas tetas. Não, espera aí, na verdade eu vou comer o teu cuzinho. É, o teu cuzinho.

E assim Janete deitou de lado, levantou uma das pernas e abriu o furico para o falo duro do parceiro. Ele enfiou com tudo. A moça gritou sentindo um pouco de dor, mas a dor se transformou em prazer e ela passou a implorar por mais.

  • Isso, enfia, enche o meu rabo de porra.
    De repente, Márcio sentiu que iria gozar. Quando o cacete liberou o seu leite no brioco apertado da Janete, o rapaz reparou que o seu corpo começou a perder força. Nem mesmo quando contraiu Coronavírus ele sentiu tanta fraqueza.
  • Caralho, eu não estou me sentindo bem, não. – Ele disse.
    Janete explicou que quando Márcio concordou em entregar a coisa mais importante que ele tinha na vida, ele aceitou, na verdade, entregar a alma.

Com um grito ele liberou uma espécie de vapor pela boca. Em poucos segundos toda a vida que havia dentro dele foi dissipada. Márcio foi reduzido a pó. Janete, por sua vez, indiferente a tudo aquilo, apenas sumiu.

Enquanto isso, atrás do balcão de atendimento aos clientes, a dona Zoraide sorria. Mais uma alma foi absorvida. Faltavam pelo menos umas dez para ela recuperar a sua juventude e voltar a ser gostosa.


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