O Amigo do Trabalho

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Eu sempre achei o Pedro atraente. Ele era meu colega de trabalho, um homem de 30 anos com um corpo atlético e um sorriso que derretia qualquer um. Nós nos dávamos bem, mas eu nunca tive coragem de admitir meus sentimentos.

No escritório, Pedro era o tipo de pessoa que todos admiravam. Ele tinha uma confiança natural, um jeito descontraído de lidar com as situações e uma habilidade incrível de fazer as pessoas se sentirem à vontade. Eu, por outro lado, era mais reservado, o que fazia nossa amizade funcionar tão bem. Ele me trazia para fora da minha zona de conforto, e eu o ajudava a pensar antes de agir.

Mas, à medida que os meses passavam, meus sentimentos por ele só cresciam. Era difícil esconder, especialmente quando estávamos sozinhos. Às vezes, eu me pegava olhando para ele durante as reuniões, imaginando como seria tocar seu rosto, sentir seus lábios nos meus. Mas eu sabia que arriscar nossa amizade por causa disso era perigoso demais.

Tudo mudou naquela noite de sexta-feira.

Estávamos em uma festa da empresa, celebrando o fechamento de um grande contrato. A atmosfera estava animada, com música alta, drinks e muita conversa. Pedro estava em seu elemento, cercado por colegas que riam de suas piadas e elogiavam seu trabalho. Eu, por outro lado, preferia ficar na periferia, observando tudo de longe.

Em um momento da noite, Pedro se aproximou de mim, segurando dois copos de drink. “Ei, você está muito quieto hoje”, ele disse, entregando-me um dos copos. “Tudo bem?”

“Sim, só estou cansado”, menti, aceitando o drink.

Ele olhou para mim, seus olhos azuis fixos nos meus. “Você sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa, certo?”

Eu senti meu coração acelerar. Havia algo em seu tom de voz que me deixou inquieto. “Eu sei, Pedro. Obrigado.”

Ele sorriu, um sorriso que fez meu estômago embrulhar. “Vamos lá, vamos dançar um pouco.”

Eu hesitei, mas ele pegou minha mão e me puxou para a pista de dança. A música era animada, e logo estávamos rindo e nos divertindo como dois adolescentes. Foi então que a música mudou para algo mais lento, e Pedro não hesitou em me puxar para mais perto.

“Relaxa”, ele sussurrou, seus lábios próximos do meu ouvido. “Ninguém está olhando.”

Eu me senti um pouco tenso no início, mas logo me entreguei ao ritmo da música e à sensação de seu corpo próximo ao meu. Foi então que ele me fez uma pergunta que mudou tudo.

“Você já beijou um homem, Lucas?”, ele perguntou, sua voz suave, mas firme.

Eu engoli seco, sentindo meu rosto queimar. “Não, não ainda.”

Ele sorriu, um sorriso que fez meu coração acelerar. “Quer tentar?”

Eu hesitei por um momento, mas a curiosidade e a atração que eu sentia por ele eram fortes demais para resistir. “Sim”, eu sussurrei.

Ele se inclinou, e nossos lábios se encontraram em um beijo lento e hesitante. Foi meu primeiro beijo com um homem, e eu senti uma onda de excitação percorrer meu corpo. Seus lábios eram macios, e o sabor do drink misturava-se ao seu perfume.

“Como foi?”, ele perguntou, afastando-se um pouco.

“Foi… incrível”, eu admiti, sentindo meu rosto queimar.

Ele riu, um som suave e caloroso. “Quer tentar de novo?”

Eu concordei, e desta vez o beijo foi mais confiante, mais intenso. Suas mãos se moveram para o meu rosto, e eu me entreguei à sensação, deixando que ele me guiasse. Foi então que ele me fez outra pergunta.

“Você quer ir mais longe?”, ele sussurrou, seus olhos brilhando com uma mistura de excitação e hesitação.

Eu hesitei por um momento, mas a curiosidade e a atração que eu sentia por ele eram fortes demais para resistir. “Sim”, eu sussurrei.

Ele sorriu, um sorriso que fez meu coração acelerar. “Então vamos.”

Nossos corpos se encontraram em um ritmo antigo e primal, e eu continuei a me tocar, minha excitação crescendo a cada gemido, a cada movimento. Quando eles finalmente chegaram ao clímax, eu também atingi o meu, meu corpo tremendo com a intensidade daquela experiência. Eles se abraçaram, ofegantes, e foi então que Pedro me viu.

“Lucas!”, ele gritou, seu rosto uma mistura de choque e vergonha.

Eu respirei fundo, tentando processar tudo o que havia acontecido. Em vez de raiva, senti uma estranha sensação de satisfação. Pedro havia experimentado algo incrível, e eu havia testemunhado tudo.

“Pedro, eu…”, eu comecei, mas ele me interrompeu.

“Não precisa explicar”, ele disse, sua voz calma. “Eu vi tudo. E eu gostei.”

Ele me olhou, confusa, mas também aliviada. Eu permaneci em silêncio, observando a cena se desenrolar.

Naquela noite, algo mudou entre nós dois. A aventura que deveria ter nos separado acabou nos unindo de uma maneira que nunca poderíamos ter imaginado. E, de alguma forma, eu sabia que aquela era apenas o começo de uma nova dinâmica em nossas vidas.

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