O Encontro na Chuva
A noite estava quente e úmida, o ar pesado com a promessa de uma tempestade. Clara caminhava apressada pelas ruas quase desertas, tentando chegar em casa antes que a chuva começasse. Seu vestido leve colava ao corpo, e os cabelos castanhos já estavam um tanto desalinhados. Ela mal podia esperar para tirar os sapatos e relaxar.
Foi então que ela o viu.
Ele estava parado sob uma luz de rua, encostado em um poste, com as mãos nos bolsos. Seus olhos escuros encontraram os dela, e algo em seu olhar fez Clara parar. Ele era alto, com ombros largos e um sorriso que prometia coisas que ela não podia nomear.
“Precisa de uma carona?” ele perguntou, a voz suave como seda.
Clara hesitou. Ela sabia que não deveria aceitar caronas de estranhos, mas havia algo nele que a atraía, algo que fazia seu coração acelerar e suas pernas ficarem fracas.
“Eu… eu moro perto”, ela respondeu, tentando soar confiante.
Ele se aproximou, e ela pôde sentir o calor emanando de seu corpo. “Eu não mordo”, ele disse, com um sorriso travesso. “A menos que você peça.”
Clara sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Antes que pudesse responder, as primeiras gotas de chuva começaram a cair. Ele tirou o casaco e o segurou sobre a cabeça dela, protegendo-a da chuva.
“Vamos”, ele disse, e ela seguiu, sem questionar.
O carro dele era quente e aconchegante, o cheiro de seu perfume envolvente. Ele dirigiu em silêncio, mas Clara podia sentir a tensão entre eles, como uma corda esticada, prestes a se romper.
Quando ele parou em frente ao seu prédio, a chuva já estava caindo forte. Ele se virou para ela, e seus olhos brilharam no escuro.
“Posso subir?” ele perguntou, e Clara sabia que não era apenas para se abrigar da chuva.
Ela acenou com a cabeça, e juntos correram para dentro do prédio, molhados e rindo. No elevador, ele a puxou para perto, e seus lábios se encontraram em um beijo que fez o mundo desaparecer.
Quando a porta do apartamento dela se fechou atrás deles, não havia mais necessidade de palavras. As roupas caíram no chão, e eles se perderam um no outro, explorando cada curva, cada suspiro, cada gemido.
A chuva batia na janela, mas dentro, estava quente, intenso, e completamente perfeito.