Quase engravidei minha ficante – o término

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eguimos com o caso por aproximadamente uns 15 ou 20 dias. Não todos os dias, mas quando nos encontrávamos para correr a gente encerrava o percurso sempre dando uns pegas no apartamento dela ou na minha casa. No final estava rolando mais na minha, Juliana passou a ter medo que o porteiro notasse algo diferente em sua amizade comigo.

A gente geralmente ficava nos beijos, amassos e chupação. Meia nove, nossa, como era gostoso chupar aquela bucetinha, passar a mão naquele corpão, tocar seus seios, sentir seu hálito quente de desejo em mim. No fundo eu sabia que o nosso caso iria ser rápido, eu era apenas um brinquedo na mão dela, uma curiosidade, uma coisa que surgiu para ela pegar e usar até se cansar. Mas eu não me importava porque eu tinha quase a mesma sensação por ela, nunca teria a chance de ficar com alguém tão lindona como ela.

Num dos encontros, de tantos amassos e beijos por todo o corpo, Juliana resolveu ir se encaixando em meu corpo. Primeiro fez um facessiting que eu simplesmente me rendi longo de cara. Quando ela se posicionou para afundar sua buceta no meu rosto até quase me tirar a respiração eu fui à loucura. Embrigada nesse tesão que fez meu rosto ficar todo lambuzado e com cheiro de sua pepeca, ela então foi se esfregando em meus seios até que finalmente fez uma tesourinha. Foi a primeira vez nossa assim.

Eu, que estava louca com o cheiro dela em meu rosto, agora tinha simplesmente me desligado desse mundo para me ligar apenas a ela. Sentir sua bucetinha quentinha e molhada sobre meu calinho, se esfregando firme, como se fizesse ele entrar pra dentro dela, os gemidos e cara de safada que ia fazendo demonstrando seu prazer e seu desejo por isso me pegaram de assalto. Ficamos nisso até ela gozar, foi um orgasmo espetacular, ela mordeu os lábios sem tirar os olhos dos meus, se arrepiou todinha a ponto de me fazer sentir o mesmo e então me apertou forte com as mãos, acho que até hoje tenho a mancha de uma unhada dela em minhas costas. Uau, tinha sido simplesmente divino e eu tinha tido meus orgasmos uma ou duas vezes, de forma contínua, profunda, que me deixou totalmente mole, como nunca antes.

Eu e Juliana tínhamos uma grande conexão, daquelas que dá vontade de ficar lá dentro dela a vida toda. Ficamos ainda meio trançadas e agarradinhas, sentindo o cheiro de nossos corpos misturados e o suor que umideceu minha cama e lençóis. Ao se levantar percebi que um fio de porra nos conectava, era óbvio que meu pipizinho teria despejado porra em meio àquilo tudo. Estava num momento tão bom que realmente tinha esquecido desse meu “dom” de esporrar sem sentir. Juliana viu e achou graça quando se desfez, tinha sido uma grande quantidade e então passei a imaginar por quanto tempo será que aquilo tinha saído de mim.

Embora eu seja como sou, a porrinha é capaz de fertilizar alguém que tenha um útero. Quando fui recobrando minhas energias e pensamentos, senti uma grande preocupação em torno dessa possibilidade pois tinha sido muito claro pra mim que durante a tesourinha, a porra provavelmente foi esfregada com força na bucetinha dela. Comecei a imaginar nela aparecendo grávida de mim e isso me causou muito pânico, seria muito complexo, fora que ela era casada com outra pessoa. Esse era um dos motivos de não ter caso com gente que tinha algo com outra pessoa, inclusive. Fiquei super desconfortável, mas tentei evitar essa minha preocupação no momento, até porque Juliana já estava tomando banho e logo iria embora.

Eu estava apaixonadíssima por ela, essa era a grande verdade. Mas depois desse susto, eu tinha que fazer algo para terminarmos. Fiquei envergonhada por ter deixando um relacionamento desses tomar tanto tempo de nós duas e envolver tantos sentimentos. Bom, que eu guardasse isso em minhas memórias. Ela foi embora e nesse dia resolvi não comentar nada até porque ela não disse sobre o assunto mais.

Coincidentemente ou não, eu acabei tendo uma semana intensa de trabalhos e isso nos afastou um bocado. Aproveitei para realmente diminuir minha ligação à ela. Juliana era muito mais madura que eu nesse aspecto e sempre deixou claro ser só uma curtição, eu quem via mais coisas. Também evitei de ir correr nos mesmos horários que ela, ia mais tarde e receosa de dar de cara com ela no meio da corrida.

O tempo passou e o sentimento foi se regulando até um instante que queria vê-la novamente para curtir como nos velhos tempos. Sempre curtia me desligar um pouco para depois me reconectar com os pés no chão, essa estratégia me permitia ter uma noção do quanto a pessoa poderia ser significante para mim, se valeria a pena estabelecer algo mais com ela e ver suas reações com a minha ausência. Marcamos de correr e lá estávamos prontas pra mais um percurso.

No entanto, diferente de todas as outras vezes, Juliana não foi tão erótica e sensual e nem ficou me provocando. Isso me deixou confusa, constrangida e me deixou um pouco perplexa a ponto de parar a corrida para perguntar o que tava rolando:

– Poxa Juliana, o que foi que aconteceu? Tava com saudades e você tá de gelo.

– Então, Laura. É que aconteceu algo que está me deixando bem preocupada e faz tempo que queria encontrar um momento para conversar contigo, mas não queria fazer isso assim no meio do percurso. – imaginei na hora que Juliana poderia ter achado outra pessoa, tava muito claro pra mim e isso me deixou um pouco raivosa.

– Pois é, agora vai ter que falar, porque não vou conseguir encerrar esse percurso curiosa. – falei um pouco indignada.

– Vamos terminar e a gente conversa no quiosque, a gente tá quase acabando, e não quero que alguém passe e ouça algo.

Mesmo não querendo, concordei com a opinião dela. Corremos comigo bem chateada sem nos falar. Além de tudo ela queria ter o papo em “campo neutro”. Safada, devia ter outra pessoa na parada. Fiquei lá pensando mil e uma coisas dela até que um estalo surgiu na minha cabeça dizendo que nunca fui de fazer isso, minha autoconsciência então passou a me dar um esporro e me deixando envergonhada por ter sido tão idiota e egocêntrica. Eu realmente nunca tinha sido tão boba assim. Então antes de terminar o percurso, baixei a guarda e puxei um assunto que sempre puxamos quando nos falamos, sobre amenidades, mesmo que ela tivesse outra pessoa, ter sua amizade seria valioso pra mim. Com mais uns oito minutos, talvez menos, chegamos ao quiosque e embora estivesse tendo um treco pra saber o que ela teria pra dizer, não a apressei. Falamos sobre outras coisas até que ela chegou no ponto.

– Então, Laura, o assunto que queria te dizer e que tem me deixado esquisita é que minha menstruação ainda não desceu e faz muito tempo que isso não acontece. Como também faz um tempinho que não me relaciono nem com meu marido e nem com ninguém…

– Meu Deus, Juliana! Sério? – a interrompi pensando alto.

Com certeza minha pele estava mais branca que um papel. Após a fala e preocupação concentradas, uma reação que com certeza nenhuma mulher iria gostar de ver ao falar da possibilidade de estar grávida de alguém, tentei me recompor rápido e complementei.

– Você acha que posso ser o pa.. o, a, a pessoa que te engravidou? – perguntei num tom mais baixo.

– Bom, eu não sei se estou grávida. O atraso é de alguns dias e já me ocorreu em outra época, mas faz uns 10 anos, desde então sempre tomei meus anticoncepcionais e evitei esse risco. Mas queria só lhe avisar e tipo, não teria como fazer isso nem por telefone e nem te convidando pra ir no meu apartamento ou eu indo para sua casa. – nisso ela estava certíssima, o melhor era irmos pra um “campo neutro”.

– Se por acaso eu estiver grávida, não precisa se preocupar, eu dou um jeito de fazer parecer que é do meu marido. Ele sempre quis ter filhos mesmo, então não seria tão complicado.

– Não Juliana, credo, e se nasce alguém parecido comigo? Sem ter nada a ver com você ou ele. Ia ser bem embaraçoso pra você. Se você ficar grávida eu fico com a criança, nem que seja sozinha.

– Laura, Laura. Como vou ficar de barrigão e manter meu casamento dizendo que é de outra pessoa, more. Acorda. Hahahaha. Achei fofo, mas se eu tiver, pode deixar que faço…

– Não Juliana, pára. Fazemos assim então, se você tiver mesmo grávida e não conseguir parecer que é do seu marido e ele não aceitar o barrigão, a gente fica junto ué.

– Hahahaha, ai Laura, você é muito positiva. Em um nível quase que do mundo da fantasia. More, se por acaso não conseguir fazer ele acreditar, ele vai pedir pra eu abortar.

– Você faria isso?

– Não, mas o que iria fazer? Como te falei, faço parecer que é dele. Fique tranquila.

– E se não der certo?

– Se não der certo a gente conversa.

– Sabe que nunca quis ter filhos, mas se isso acontecer, eu assumiria nem que fosse pra cuidar sozinha. Sério mesmo. E se ele acreditar eu ia querer ver o baby e participar de algum modo.

– More, primeiro vamos ver se estou grávida né. Depois a gente vê isso. Olha o que você tá dizendo? Pára e pensa no que te falei, analisa os riscos, vai mais fundo, você está com algumas ideias delirantes. Fofas, mas delirantes.

O assunto prosseguiu com mais opiniões relacionadas à eventual gravidez de Juliana. Fui embora totalmente preocupada em como seria algo assim. Eu, uma pessoa com todos os traços femininos, absolutamente uma mulher, mas que tem uma micropiroquinha que não sinto nada dela esporrar a ponto de engravidar alguém. Seria a maior peça pregada em minha vida, que doidera. Não consegui pensar em mais nada desde então, o mundo estava desabando e eu só imaginando até em nome de criança para uma eventual filha ou filho que estaria por vir. E o pior, nem sabia se a gravidez tinha vingado.

Ao mesmo tempo que ficava realmente delirando a ponto de procurar saber o custo de creche, da saúde, de internação, do pré-natal e outras coisas relacionadas a gravidez e primeiros anos da criança eu ficava ligando pra Juliana para saber de alguma novidade, se a possibilidade tinha se tornado real. Acho que perturbei tanto que ela decidiu que no dia seguinte iria comigo para um hospital para fazer um teste de gravidez, ela não confiava em teste de farmácia. Marcamos de nos ver às 8 num hospital que era próximo de nossas casas.

Não consegui dormir, apenas cochilei por ter ficado cansada pensando naquilo. Fui para o hospital aguardar Juliana e assim que ela aparece me dá um forte abraço falando que tinha novidades. Pensei na hora que ela anunciaria a gravidez, que teria feito no meio da noite no hospital ou na farmácia e então:

– Desceu more, não precisa se preocupar. Você não vai ser mamãe comigo não. – contou demonstrando grande alívio.

Eu não sei porque, mas fiquei uns 50% aliviada e feliz com a notícia e 50% sem entender, talvez quisesse ter um filho ou filha. A gente foi para um café e conversamos mais um pouco. Juliana ainda falou que queria muito sair comigo, mas que precisaria esperar um pouquinho. Eu ainda processava a informação anterior, mas concordei com ela.

Fui trabalhar ainda com aquela sensação de parecer querer ter um filho. Então procurei uma grande amiga do serviço para conversarmos sobre maternidade e após uns 10 minutos os 50% sem entender de mim logo se transformaram em mais 50% de alívio. Não que fosse contra maternidade ou crianças, acho realmente bonito quando um casal realmente se importa em participar da vida dos filhos e sua criação. O que sempre achei horroroso é a pessoa falar que quer ter filho estando num serviço que impede ela de ver a própria criança ou sabendo que nem vai cuidar mesmo da criança, pois vai coloca-la numa creche integral ou terceirizar sua responsabilidade para os outros. Eu entendo que a nossa vida de hoje não nos permite estar trabalhando e tendo uma família, às vezes, mas ter um filho para simplesmente dizer que tem sem nem saber dos sonhos dele é algo ridículo. Não que não queira ter por imaginar ser essa pessoa horrível, mas prefiro ter minha liberdade, me chamem de egoísta, não me importo, acho muitos pais e mães hipócritas, então…

Quando Juliana voltou a me procurar, tive uma oportunidade muito grande em meu emprego. Foi impossível não deixar passar. Por isso, voltamos a conversar e como iria ter que mudar de país, a gente achou melhor terminar nosso lance. Lógico que chorei por perdê-la, lógico que queria tê-la, lógico que propus que ela largasse seu marido. Mas ela me chamou novamente de delirona e pior que tinha sido mesmo. Nem eu faria aquilo que propus, se tivesse no lugar dela.

E é essa a história mais louca da minha vida.

Beijos da confusa


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